Vestígios de Portugal em África

Ceuta

Da conquista portuguesa (1415) ao século XIX[editar | editar código-fonte]

A conquista portuguesa de Ceuta representada em azulejos na Estação de São Bento, PortoVer também: Conquista de Ceuta

A 21 de agosto de 1415 tropas portuguesas comandadas pelo rei D. João I acompanhado pelos seus filhos Duarte, Pedro e Henrique desembarcaram no que são atualmente as praias de Santo Amaro e conquistam a cidade para Portugal. Diante das disputas de vários capitães para ficarem com o governo da cidade depois da conquista, Pedro de Meneses apresentou-se ao rei com um pau chamado "aleo", usado num jogo popular na época, e quando D. João lhe perguntou se era suficientemente forte para tomar a seu cargo a responsabilidade do governo de Ceuta terá respondido: «Senhor, este pau basta-me para defender Ceuta de todos os seus inimigos». Pedro de Meneses foi então nomeado primeiro governador e capitão-geral de Ceuta. O pau (Aleo) ainda hoje se encontra no santuário de Nossa Senhora de África e passou de mão em mão por todos os governadores que estiveram no comando da praça jurando defender a cidade tal como o fez Pedro de Meneses.

Num tratado assinado com o rei de Fez, este reconheceu Ceuta como portuguesa. No mundo cristão, a cidade foi reconhecida como possessão portuguesa nos tratados das Alcáçovas (1479) e de Tordesilhas (1494).

" Ceuta, cidade no estreito Hercúleo, em frente de Gibraltar, foi uma das principais cidades no tempo dos mouros, tanto em edifícios como em riqueza de mercadorias, que daqui partiam para toda a terra do Sertão. E estava em tanta prosperidade que quantos navios passassem pelo dito estreito, quer do Levante quer do Poente, tinham que amainar as velas, porque toda a nau que isto não fizesse, as galés dos mouros as seguiam e as tomavam. "
- Descrição de Ceuta no início do século XVI por Valentim Fernandes, 1507.

Ceuta tornou-se diocese em 1417 por bula do Papa Martinho V. A partir de 1645 a diocese de Ceuta deixou de pertencer a Portugal, e passou a ser espanhola.

Gravura de "Septa" na obra "Civitates Orbis Terrarum", de Braun e Hogenberg, 1572

No contexto da Dinastia Filipina, que se seguiu à morte de D. Sebastião em 1580, Ceuta manteve a administração portuguesa, tal como Tânger e Mazagão. Todavia, quando da Restauração Portuguesa em 1640 não aclamou o Duque de Bragança como rei de Portugal, ficando sob domínio espanhol. A situação foi oficializada em 1668 com o Tratado de Lisboa, assinado entre os dois países e que pôs fim à guerra da Restauração, no entanto, a cidade decidiu manter a sua bandeira que é composta por gomos brancos e pretos, à semelhança da bandeira da cidade de Lisboa, ostentando ao centro o escudo português.[6]

A cidade é cercada entre 1694 e 1724 pelo sultão alauita Moulay Ismail. Em 1704, apesar de cercada por terra, resiste aos ataques da armada inglesa que tomou Gibraltar. Os marroquinos atacaram por terra, ao mesmo tempo que uma frota anglo-holandesa bombardeia a cidade e tenta um desembarque. Em 1721, Moulay Ismail aproveitou o caos que se vivia em Espanha para desalojar os espanhóis da costa marroquina, tomando, an Miguel de Ultramar (Mamora), Larache, mas não logrou apoderar-se de Ceuta. Após a morte de Moulay Ismail ainda haveria cercos marroquinos à cidade entre 1725 e 1728, em 1732, 1757 e 1790-1791.[7]

Em 1812 a Junta da Cidade é convertida num ayuntamiento constitucional. Em 1859-1860 assiste-se à chamada Guerra de África, durante a qual os limites da cidade são expandidos.

Na década de 80 fui muitas vezes a Ceuta, a bordo do paquete Funchal, umas vezes de passagem e muitas outras em cruzeiros denominados de cruzeiros de fim-de-semana, mas na realidade eram cruzeiros de contrabando, Ceuta era porto franco, e traziam-se muitas coisas a menos de metade do preço, o meu negocio preferido eram relógios, porque não havia forma de controlar, era um bem pessoal, assim cada vez que ia a bordo entrava sem e saía com um, ainda tenho um desse tempo, um seiko automático, é como uma relíquia, bons tempos.

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