As maravilhas portuguesas espalhadas pelo mundo

Trechos de História

À entrada do golfo de Omã, Mascate foi conquistada por forças portuguesas sob o comando de Afonso de Albuquerque em Julho de 1507.

Em 1522, visando apoiar a defesa doForte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz, D. Afonso de Noronhad eterminou a construção de uma fortificação em Mascate, que ainda em obras, naquele mesmo ano foi atacada e destruída pelos turcos.

Os portugueses mantiveram o controlo de Mascate por mais de um século, a despeito dos desafios a partir da Pérsiae de um bombardeamento da cidade pelos Turcos em 1546.[1] Os turcos capturaram Mascate aos Portugueses em duas ocasiões: em 1552[2] e em1581-1588.

Mascate Velha: recriação contemporanea de uma das primitivas portas. 

A complexa rede defensiva levantada pelo Capitão João de Lisboa a partir de 1552, foi profundamente modificada no contexto da Dinastia Filipina quando, em 1588 o governador da Índia Portuguesa, D. Manuel de Sousa Coutinho, determinou a reconstrução da Fortaleza de Mascate, nela tendo desempenhado importante papel Belchior Calaça. O milanês Giovanni Battista Cairati, arquiteto-mor de Portugal no Oriente sob o reinado deFilipe I de Portugal (1580-1598), a partir de 1590 acrescentou-lhe vários melhoramentos.

A defesa de Mascate era complementada pelo Forte de Al-Mirani (corruptela de "Almirante") e pelo Forte de Al-Jalali (corruptela de "São João"), que ladeiam a entrada da baía, dominando os seus pontos mais elevados, ambos remodelados no mesmo período. No primeiro são claramente portuguesas as estruturas, bem como a capela, cuja porta, embora tenha sido construída por volta de 1588, ainda apresenta traçado em estilo manuelino. No entanto, a sua estrutura era em estilo renascentista, com planta circular e uma cobertura em cúpula.

Posteriormente, D. Jerónimo de Mascarenhas, sobrinho de D. Francisco Mascarenhas, começou a fazer um baluarte, num monte elevado em frente à cidade, mas chegando notícias disto à Corte, Filipe II de Espanha determinou que esse baluarte se fizesse ainda mais forte, e que fosse dotado com artilharia conveniente.[3]

Após a queda do Forte de Ormuz diante dos Persas e seus aliados Ingleses (3 de maio de1622), a sua guarnição e a população portuguesa, cerca de 2000 pessoas, foram enviadas para Mascate, que daí em diante passou a concentrar os interesses portugueses na região.

Para atender as novas exigências, entre 1623 e 1626 foram incorporados ao complexo defensivo uma cerca abaluartada, fortins e pequenas torres de vigia (atalaias). Assim, noséculo XVII um vasto conjunto de muralhas e baluartes adaptados ao relevo montanhoso, defendia a povoação e o seu porto.

A eleição de Nasir Bin Murshid al-Yaribi como Imã de Omã em 1624 alterou novamente o equilíbrio do poder na região, dos Persas e dos Portugueses para os Omanis locais. A 16 de agosto de 1648, o Imã expediu um exército para Mascate, que capturou e demoliu as altas torres de vigia dos Portugueses, enfraquecendo assim o seu domínio sobre a cidade. Finalmente, em 1650, um pequeno mas determinado corpo de tropas do Imã atacou o porto da cidade à noite, forçando a rendição Portuguesa (23 de Janeiro de 1650).[4] A queda de Mascate arrastou consigo as demais posições portuguesas no Golfo, sendo esse evento considerado o início da independência do país, tornando o Sultanato de Omã no mais antigo estado independente da região.

Na campanha de conservação, empreendida em nossos dias, é criticada a demolição total, em 1983, das antigas muralhas portuguesas que envolviam o primitivo perímetro urbano, substituindo-as por novas muralhas, o que descaracterizou o conjunto.

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