Cidades históricas C/ História Portuguesa
Roraima - Boa Vista
Trechos de história
O município de Boa Vista formou o primeiro povoamento caracteristicamente urbano da região do atual estado de Roraima. O Forte São Joaquim (localizado a 32 quilômetros da capital), fundado em 1775, deu considerável importância à região.
Os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região através do Rio Branco. Antes da chegada dos portugueses, osingleses e neerlandeses já eram atraídos para a região, com a finalidade de explorar o Vale do Rio Branco através das Guianas. A soberania de Portugal sobre a região só foi estabelecida após os espanhóis invadirem a parte norte do Rio Branco, juntamente com o rio Uraricoera. A partir de 1725, missionários Carmelitas iniciaram a tarefa de conversão dos povos indígenas da região.[16]
Em meados do século XVIII, a Coroa portuguesa passou a preocupar-se com as constantes expedições espanholas à região ocidental da Amazônia. Assim, foi cogitada a ideia de criação da Capitania Real de São José do Rio Negro, o que ocorreu através da Carta-régia de 3 de março de 1755. O motivo principal da criação da nova capitania era a ameaçada por parte dos espanhóis do Vice-reino do Peru, mas também havia o temor advindo pelas expedições de neerlandeses doSuriname, com fins de comércio e de apresamento de indígenas
Trechos de história
O Forte de São Joaquim do Rio Branco localizava-se no estado de Roraima, no Brasil.
Ergueu-se na margem esquerda da confluência do alto rio Branco (atual rio Uraricoera) com o rio Tacutu, onde se forma o rio Branco, a cerca de 32 quilômetros ao norte da atual capital, Boa Vista.
No contexto da ameaça das entradas holandesas oriundas do Suriname, via fluvial, para comércio e apresamento de indígenas na região, que se estenderam de 1750 a 1780, a Provisão Régia de 14 de novembro de 1752determinou ao governador e Capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1751-1759):
Em que pesem os alertas regulares das autoridades locais sobre a necessidade de uma fortificação, face às ameaças representadas por aquele comércio na região (osParaviana, por exemplo, foram encontrados com "armas, pólvora e balla", conforme relato do Ouvidor-mor da Capitania do Rio Negro, Lourenço Pereira da Costa, ao governador da Capitania em 1762), por mais de vinte anos nada foi concretizado.
Uma ação efetiva só foi adotada pela Coroa portuguesa a partir de 1775, quando Nikolas Hartsman, desertor holandês oriundo de Essequibo, chegou a Barcelos, sede da Capitania de São José do Rio Negro, com notícias de um estabelecimento espanhol no Rio Branco. Esse estabelecimento remontava a expedições efetuadas nos anos de1771-1773, em busca da lendária Serra Dourada do lago Parima, que expedições portuguesas anteriores já haviam descartado. O dado mais importante era o de que os espanhóis, enviados oficialmente pelo governo da Guiana espanhola (Venezuela) com o fim declarado de anexação da região, estavam aquartelados no rio Uraricoera, tendo já formado no curso do mesmo, dois aldeamentos indígenas, o de Santa Rosa e o de São João Batista de Caya-Caya.